O arranque do novo ano traz mais boas notícias no que à prestação do crédito habitação diz respeito. Neste sentido, e na sequência do que já tinha acontecido no final de 2023, janeiro trouxe uma nova descida da Euribor em todos os prazos, face a dezembro de 2023.
Depois da primeira descida da Euribor em novembro de 2023 e após dois anos de subidas constantes, poderemos estar a assistir a um ponto de viragem na evolução da taxa. Isto resulta da decisão de o Banco Central Europeu ter mantido os juros inalterados nas reuniões de outubro e dezembro, e com a taxa de inflação na zona Euro estar cada vez mais próxima do objectivo assumido dos 2%.
Quanto pagarei por um novo crédito habitação em janeiro de 2024?
Com base nas simulações desenvolvidas pelo site Idealista, e tendo como base um crédito habitação de 150.000 euros, com spread de 1% e prazo de 30 anos, os valores seriam:
- Crédito habitação com Euribor a 12 meses: em janeiro de 2024, a prestação seria de 776 euros no primeiro ano, uma redução de 31 euros em comparação com os valores de dezembro de 2023;
- Crédito habitação com Euribor a 6 meses: aqui a prestação nos primeiros seis meses seria de 789 euros, menos 13 euros que os empréstimos contratados em dezembro;
- Crédito habitação com Euribor a 3 meses: neste caso, a prestação seria de 799 euros nos primeiros três meses, uma redução de três euros em relação a quem contraiu empréstimo em dezembro.
Valor continua muito superior em relação a Janeiro de 2023
Infelizmente, para quem tinha já crédito habitação com taxas Euribor a 12 e 6 meses, as noticias não são ainda as melhores. Segundo os dados do Idealista, em Janeiro de 2023 o valor da prestação nos mesmos moldes apresentados acima, estava nos 716 euros (Euribor 12M) e 678 euros (Euribor 6M), bem abaixo dos valores actuais.
Quer isto dizer, que quem tinha já crédito habitação com estes períodos de revisão, terá agora de enfrentar nova subida este mês.
Ventos de mudança?
Esta nova descida das taxas está em linha com as expectativas actuais de mercados e analistas, sendo de esperar que o pico máximo das taxas tenha sido já alcançado. Quer isto dizer que, de acordo com especialistas, se a inflação continuar a baixar e sem novos choques externos relevantes, o BCE deverá iniciar a descida das suas taxas de juro, sendo que a Euribor terá também descidas ao longo do ano.
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Fonte: Idelista
Imagens: Pexels